domingo, 29 de novembro de 2009

Nossa Equipe de Trabalho














Grupo GESTAR FEIRA em AÇÃO!
Uma EQUIPE que não brinca em serviço!












Cursistas na Oficina de Variação Linguística





























Oficina TP 01

Oficina de Variação Linguística
FORMADORA: Consuelo Sales
DATA: 24/11/2009

Com o objetivo de discutir as variantes linguísticas acolhemos o grupo com uma apreciação musical. Intitulada “Gaiola”, a música é um pagode que traz uma linguagem muito próxima do jovem contendo gírias e expressões muito comuns no âmbito da oralidade, a exemplo de “vai cair na gaiola”, “quem vacila na quebrada”, “ a solução tá em você”. Após a análise dessa variante sociocultural, analisamos a frase “Og v6s naum tm 9da10” - muito comum na internet e usada entre jovens e adolescentes. Essa sensibilização foi pertinente para percebermos e discutirmos as variantes reais que circulam no dia a dia e, nesse ensejo, os cursistas, em equipes, foram convidados a construírem um texto que retratasse a fala de determinadas personagens diante de uma situação problema apresentada. O resultado foi satisfatório e oportunizou a discussão dos mais variados níveis de funcionamento da língua, dos aspectos sociais, culturais, políticos e de identidade que permeiam as variações da língua.
Com a leitura do texto de Travaglia sobre Variações Linguísticas, as discussões foram ainda mais ampliadas. Discutimos os tipos de variação, os níveis de funcionamento da língua, as modalidades escrita e falada, o grau de formalidade e sintonia. Nesta sistematização, salientamos que a variação não é exclusiva dos falantes não escolarizados, que “norma padrão” e “não culta” não são sinônimos, os equívocos em trabalhar somente com a variação regional, (o que reforça o preconceito lingüístico), entre outros.
Na continuidade, sugerimos que os grupos, com base na leitura do texto de Travaglia elaborassem uma atividade para determinada série contemplando um tipo de variação. Na socialização, uma equipe apresentou uma proposta de reescrita do texto com uma variante regional para a norma padrão, o que foi oportuno para alertá-los quanto a essa prática, muito comum na sala de aula, bem como no livro didático. Essa atividade acaba se revelando uma ação preconceituosa, reforçando a idéia de que o que vale é somente o que a gramática normativa dita como “certo”. Sobre essa questão apresentamos ao grupo algumas passagens do livro “Nada na língua é por acaso” de Marcos Bagno. Outro problema no tratamento das variantes destacado nesta parte do trabalho corresponde ao uso de textos que retratam somente a variação regional (Chico Bento, Patativa, Luiz Gonzaga, etc.) com se este fosse o único modelo de variação lingüística, assim a variação estaria ligada a pessoas não-escolarizadas, a pessoas da zona rural.
A participação dos cursistas foi de fundamental importância para o êxito do presente trabalho, concluímos com a consciência de que muito ainda temos a aprender com relação a um tema tão fantástico e complexo e que exige de nós mais pesquisa e estudo, para uma reeducação sociolinguítica.

OFICINA TP 06

OFICINA TP 06
ARGUMENTAÇÃO E PLANEJAMENTO DE ESCRITA

Refletir sobre os tipos de argumentação e identificar estratégias relacionadas ao planejamento de escrita de textos foram objetivos que nortearam a oficina referente a TP 06. Sensibilizamos o grupo de professores com a apresentação de imagens de lugares e instigamos o grupo a informar o que essas imagens representavam para eles, que lembrança despertava em cada um. Após a vivência, todos foram convidados a criarem um texto publicitário sobre o lugar que mais agradou ao grupo. Todos se manifestaram dando sugestões para melhor vender o lugar escolhido. Após essa construção coletiva, sugerimos que os cursistas analisassem a produção atentando para a argumentação presente na propaganda. Nas exposições ficou evidenciado que o texto publicitário é por excelência argumentativo e, em seu sentido amplo, sua função específica é persuadir e convencer o interlocutor.
Com o propósito de vivenciar os vários tipos de argumentação, realizamos a dinâmica do “Concordo e Discordo”, a qual, em dupla, os cursistas deveriam um concordar e o outro discordar de algumas de algumas teses como “casamento é para sempre”, “adoção entre casais homossexuais”, “o homem é mais inteligente que a mulher”, entre outras. Socializando as discussões em duplas, os cursistas se mostraram eufóricos, e confessaram o desconforto em buscar argumentos para defender algo que não concordavam. Consideraram a dinâmica interessante, pois construir argumentos convincentes está relacionado à habilidade de gerenciar informações e assim ao nível de leitura do indivíduo. Para ampliarmos a discussão, fizemos a leitura do Texto de Referência da TP e após o estudo identificamos os tipos de argumentação que foram utilizados na dinâmica vivenciada.
A argumentatividade, em seu sentido amplo, é inerente a toda manifestação lingüística e todo ato de linguagem produz efeito de sentido, sendo assim, estamos sempre, conscientes ou inconscientes tentando convencer o outro de nossa verdade. Somos o que lemos e o resultado de nossas relações com o outro e com o mundo que nos cerca, somos um mosaico de crenças, valores e verdades e vivemos continuamente a propagando todas essas coisas, ARGUMENTANDO. Nas discussões, ficou evidenciada a nossa responsabilidade de promover situações de uso da língua que oportunize a oralidade do alunado, que o faça refletir e expor o que pensa sobre si mesmo e sobre o mundo. Se a argumentação tem um compromisso com a construção do conhecimento, eis aí o caminho para alcançarmos os objetivos na formação de competentes leitores e produtores de textos.
Na segunda parte da oficina, questionamos o grupo presente: que elementos definem a situação sociocomunicativa? Como criar situações que realmente preparem o aluno para a escrita? Como definir as situações comunicativas? Como pedir produções de texto para meus alunos? Após essas reflexões sugerimos uma proposta de produção textual.
O passo inicial seria o planejamento em equipe do texto proposto: cada equipe deveria escrever um texto com o tema (casa) assumindo vários papéis: de um corretor de imóveis, uma dona de casa, um noivo, um arquiteto e um ladrão. Durante o planejamento os cursistas decidiram o gênero adequado a situação apresentada, a linguagem, os objetivos do texto, e os interlocutores possíveis.
A atividade permitiu, através do planejamento da escrita, a identificação dos elementos que compõem a situação comunicativa, a reflexão sobre a questão do letramento, a percepção da linguagem como forma de trabalho cultural. Terminamos a oficina sugerindo situações comunicativas que preparem nosso alunado para essas percepções e para a própria escrita.
OFICINA TP 05
ESTILO E COERÊNCIA


Para compreender melhor a noção de estilo e pensarmos em como se constrói a coerência nos texto, iniciamos a oficina com uma dinâmica interessante intitulada “Por que a galinha atravessou a estrada?”. Consistia em um texto que apresentava uma série de respostas possíveis a esta questão na voz de personalidades atuais da mídia. Os cursistas foram convidados a identificarem tais personalidades pelo estilo apresentado em cada resposta. Reconheceram as marcas de pessoas famosas a exemplo de Caetano Veloso, Fernando Henrique Cardoso, Nelson Rodrigues, Freud, entre outras. Tal exercício serviu como sensibilização para que percebessem que todos nós temos marcas próprias, preferências vocabulares, peculiaridades que nos definem e que permeiam nossa fala.
A nossa sala de oficina, contribuiu também para a construção de sentido de estilo e coerência com painéis contendo imagens que abordam diversidade de estilo, como moda, decoração, filmes, literatura e com imagens confeccionadas através de recortes de revistas retratando situações de incoerência. A divisão dos grupos para o trabalho também seguiu a mesma linha: os cursistas foram agrupados com fichas contendo fragmentos de músicas dos mais variados estilos (forró, axé, gospel, MPB, sertanejo).
Em nossas discussões registramos que todo ato de linguagem produz efeito de sentido ligado às intenções do falante e expressa suas marcas individuais, seu idioleto. Reconhecer os recursos expressivos da linguagem e os mais variados recursos estilísticos permitirá ao falante a manifestação de suas emoções e afetividade.
Para a leitura do texto de referência da TP fizemos uma mobilização com as seguintes questões: Que palavras são mais utilizadas em um texto? Há palavras que podem ser retiradas do texto, sem prejudicar seu sentido? Após a reflexão cada grupo estudou o texto e sintetizou a idéia central de um determinado trecho do mesmo e, em seguida, na socialização, todos os grupos estabeleceram a conexão entre as partes do texto-sintese observando a coerência. Nessa perspectiva, os cursistas realizaram mais uma tarefa que consistia em analisar uma atividade do TP observando aspectos ligados à coerência: conhecimentos prévios, pistas textuais, o gênero, etc.
Na sistematização discutimos que a coerência não está apenas no texto e que depende dos seus interlocutores, já que é o “leitor que faz o texto funcionar”. Vimos que a coerência se constrói no ato da leitura e essa percepção se dará de forma eficaz dependendo das experiências de mundo adquiridas pelo leitor no decorrer de sua formação, ou seja, é o domínio da habilidade de leitura que subsidiará o leitor na apreensão do sentido do texto.





Letramento TP 04

OFICINA LETRAMENTO TP 04

“Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno.” - Magda Soares

A oficina foi realizada na perspectiva de vivenciar situações de leitura e escrita, sistematizar e aprofundar reflexões sobre Letramento. Com a leitura do poema “É preciso ler” de Almir Medeiros, acolhemos o grupo e refletimos sobre os objetivos da leitura.
Para iniciarmos a discussão sobre concepções de letramento, apreciamos a música de Chico Buarque “Meu caro amigo”. Provocamos o grupo com as seguintes questões: Que situações comunicativas se apresentam na canção? Em que contexto a canção foi produzida? Que relação podemos estabelecer entre a letra da música e a proposta de letramento?
Após reconhecerem o contexto, os interlocutores, a intergenericidade os grupos formados para vivenciarem situações reais de comunicação como exemplo, destacamos a seguinte: Duas consumidoras que se enganam com o preço de uma mercadoria dividida em prestações, pensando que a prestação é o valor total do produto. Vivenciada esta e outras situações sociocomunicativas, analisamos os equívocos que ocorrem na linguagem devido à falta de competência leitora.
Cada equipe levantou considerações importantes dentro da perspectiva do letramento, relacionando as características do texto, finalidades, possíveis interlocutores, linguagem, possível intenção do locutor, entre outros.
A leitura do Texto de Referência da TP ampliou nossas discussões no que tange o letramento, alfabetização e escolarização. Reforçou o lugar e o valor dos conhecimentos prévios e experiências adquiridas ao longo da vida como elementos importantes que interferem na produção de sentido do texto. Munidos dessa leitura, os cursistas receberam a tarefa de produzirem uma atividade de análise do texto “Cidadezinha qualquer” - de Drummond para uma série específica.
Com a socialização das atividades, comentamos sobre as situações de letramento que estamos submetidos durante todo o tempo, de competência leitora e como a escola se comporta diante da proposta de letramento. Registramos o quanto a perspectiva do Letramento se funde com os objetivos do ensino da Língua Portuguesa que visa à formação do falante proficiente da língua que reconhece as situações sociocomunicativa e faz uso dessas reconhecendo linguagem, contexto, objetivos e interlocutores.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Oficina de Avaliãção

RELATÓRIO GESTAR 2009
FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Sales

“A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem.” (Jussara Hoffmann)
A presente oficina possibilitou a discussão sobre as formas de avaliar, suas aplicações e resultados no processo de ensino e aprendizagem, além de oportunizar a análise do sistema de avaliação do SAEB – Prova Brasil e ENEM.
Com o poema “Receita de Olhar” de Roseana Murray provocamos o grupo a falar sobre o olhar. Exibimos várias imagens contento tipos de olhares com o seguinte questionamento: Qual desses olhares você se identifica? O que ele sugere? Que olhar você trouxe para esta oficina? Tais provocações sensibilizaram o grupo a abrir o seu olhar para a proposta do dia.
Na busca de revelar o olhar sobre a avaliação, solicitamos dos cursistas um desenho que melhor ilustrasse sua concepção de avaliação. A atividade foi significativa, pois através dos desenhos foi muito mais significativa a discussão. Os desenhos, os mais diversos possíveis, a exemplo de estradas, lupa, rede em espiral, porta, janelas, se coadunavam perfeitamente com a fala de cada professor. Diante do exposto, os pontos convergentes dessas falas perpassavam pela complexidade da ação de avaliar, dos desafios frente às novas propostas de ensino e currículo.
Após a socialização de cada cursista, levantamos questionamentos como: Como você se sente quando avaliado? Como você avalia? O que lhe marcou quando foi avaliado? Suas avaliações contribuem para o crescimento do aluno? Quais os tipos de avaliação que conhecem? Por que os momentos de avaliação podem deixar as pessoas desconfortáveis? Percebemos que as dificuldades apresentadas pelos cursistas estão atreladas a sua concepção de avaliação muitas das vezes destoada das intervenções pedagógicas, sem a devida reflexão contínua de sua própria prática e dos avanços do seu alunado. Resquícios de uma visão tradicional de avaliação puramente classificatória e punitiva. Em contrapartida, percebe-se que há um discurso concernente com o que os teóricos atuais discutem sobre a temática, mas que se inviabiliza na prática. Nessa fleuma instauram-se o ideal versus o real.
Os professores revelavam que o ato de avaliar é bastante complexo e difícil. Difícil também é reconhecer que a concepção de avaliação traduz a sua concepção de ensino e aprendizagem.
O ponto mais interessante da oficina foi o momento da análise de alguns itens da Prova Brasil. Em equipe, munidos da Matriz de Referência de Língua Portuguesa, tiveram a oportunidade de identificar os descritores contemplados em cada item analisado. Quando questionados quanto à forma que esses descritores são trabalhados em sala de aula, reconheceram que, em suas atividades, não davam foco a questão das habilidades.
Em suas avaliações, revelaram o quanto é importante ser coerente e responsável na preparação das avaliações, como também mais criteriosos na elaboração de suas atividades para que estas contemplem as habilidades que precisam ser desenvolvidas no alunado.

Oficina Projeto

FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Sales

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei... de que nada sei...” (Almir Sater)

Com o objetivo de discutir as etapas e a elaboração de um projeto realizamos a nossa segunda oficina com a participação de 21 cursistas que atuam na Rede Estadual de Ensino do município de Feira de Santana.
Os cursistas foram recepcionados com o poema “Renova-te” de Cecília Meireles. Neste acolhimento refletimos sobre a necessidade de inovar sempre, de estarmos sempre abertos para a renovação, mas sem perder a essência. Com a figura de um pé direito no centro da sala, convidamos o grupo para o pontapé inicial para o trabalho proposto para o dia: discutir projeto.
Pensando na concepção de projeto, realizamos a “Dinâmica da Viagem”, a qual os participantes deveriam escrever em um papel cinco sonhos pessoais. Para esta viagem, os sonhos seriam a principal bagagem, mas devido a entraves no percurso os participantes teriam que abandonar um sonho. Ao final da dinâmica todos chegaram ao seu destino com apenas um sonho. Refletimos, pois, que a realização dos sonhos depende da intensidade do nosso empenho, persistência, desejo e vontade de torná-los realidade; que somos levados a priorizar os sonhos de acordo com a necessidade do momento e discutimos também sobre a superação das dificuldades. Encerramos a dinâmica com o texto “Malas Prontas” de Anna Carolina e Sampaio Daltro que faz um passeio por esse “caminho”.
Provocamos o grupo indagando qual a relação dos sonhos com a proposta da Pedagogia de Projetos. Nesta mobilização, estudamos a apostila “Etapas de um Projeto” – Pedagogia de Projetos de Nilbo Nogueira (pág. 82 a 93) após a formação das equipes. A proposta de trabalho consistia em ler e refletir sobre o tema, registrar as idéias significativas em folhas de flip-chart e socializar as conclusões para os demais grupos. Durante a socialização, orientamos as equipes a expor o que eles pensavam sobre projeto, o que o texto diz e o que eles pensam após a leitura.
Discutimos projeto dentro da perceptiva que oportuniza o conhecimento da realidade do aluno, permitindo que ele, co-autor desse processo, perceba, interprete e dê significado a sua realidade. Permitindo ao alunado se envolver em um processo dinâmico e ativo na busca por soluções de uma problematização, aprendendo assim a intervir no mundo em que vive.
No ensejo, pedimos a todos que expusessem os problemas mais gritantes e recorrentes no âmbito da escola com o fim de preenchermos um quatro com os tópicos: problemáticas/temática/ações. Neste exercício, diferenciamos problemática de temática e simulamos ações conjuntas para sanar tal problemática envolvendo toda comunidade escolar. Enfatizamos que tal vivência deverá ser realizada junto ao alunado na idealização e execução do projeto interdisciplinar.
Após as devidas explicações sobre a caracterização do Projeto Interdisciplinar proposto pelo GESTAR, explicando cada etapa desde a idealização a até a culminância do projeto. Salientamos que o projeto deve ser interdisciplinar e que o alunado é ator/co-autor durante as etapas do trabalho. Sugerimos a leitura de outros teóricos que discutem a temática como Miguel Arroyo, Ingedore Villaça Koch, Celso Antunes, Nilson Machado, Emília Ferreiro, Ana Teberosky e Jonh Dewey.
Ao final, distribuímos fichas em forma de “pezinho” ( igual ao pé direito exposto no centro da sala) com o seguinte questionamento: O que a oficina propiciou para que você dê o primeiro passo na construção de um projeto? (avaliações em anexo).
Após a apreciação da música “Tente outra vez” de Raul Seixas, encerramos a oficina com a certeza de que atingimos o objetivo proposto. Assim revelam as avaliações apresentadas.

Reltório da Oficina Gênero Textuais

FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Sales

“... Somente quando dominarem os gêneros mais correntes na vida cotidiana, nossos alunos serão capazes de perceber o jogo que freqüentemente se faz por meio de manobras discursivas que pressupõem esse domínio”. (Kock, 2007)

A terceira oficina ocorreu com a participação de 19 cursistas com o objetivo de caracterizar os gêneros textuais. Numa sala contendo vários gêneros textuais presos nas paredes, acolhemos o grupo com a leitura do poema de Roseana Murray “Classificados Poéticos”, que oportunizou a discussão sobre a criatividade da autora ao brincar com os gêneros textuais.
Mobilizando os conhecimentos prévios dos professores entregamos a cada dupla de cursistas uma parte de um jornal com um texto destacado para análise de sua caracterização: conteúdo, composição, forma, intencionalidade. Durante a exposição percebemos que algumas duplas tiveram dificuldades de reconhecer determinados gêneros como nota de falecimento, gráficos, licitação, previsão do tempo. Na exposição, não se davam conta que o jornal servia como suporte para uma gama tão significativa de textos. Percebe-se os efeitos da concepção de texto de cada um que, por sua vez, reflete em sua prática.
Na oportunidade, discutimos os objetivos de Língua Portuguesa e reportamos para a noção de texto e de língua em seus aspectos discursivos e enunciativos. Diante dos gêneros apontados e analisados no jornal questionamos ao grupo: Podemos considerar o material como texto? Vocês costumam trabalhar com esses textos em sala de aula? Os textos apresentados são gêneros? O que são gêneros?
Assim iniciamos a fundamentação teórica que foi ampliada com a leitura e análise do texto “Gêneros textuais: definição e funcionalidade”, do TP03 - páginas 45 e 46 esclarecendo dúvidas, reforçando a necessidade de reconhecer as várias situações comunicativas e sua funcionalidade dentro da perspectiva bakhtiniana. Em seguida, a análise de algumas atividades do AAA 03 foi proposta para verificar como os gêneros são tratados.
Com uma nova proposta de atividade em grupo, solicitamos a análise de texto do TP 03 “Poema tirado de jornal” – pág. 190 e o texto “Bom dia” – pág. 191. As equipes deveriam planejar uma atividade de leitura, interpretação e produção textual para séries indicadas. Tal produção deveria focar tanto a estrutura formal, quanto o seu conteúdo informacional e funcional.
Nas apresentações dos trabalhos, tentamos dirimir algumas dificuldades no trato com os gêneros. Alertamos quanto à hibridização ou intertextualidade intergêneros presente nos textos propostos. Alguns cursistas revelaram não reconhecer essa diversidade de gêneros e que trabalham, em sala de aula, com uma quantidade limitada de gêneros sem dar foco a sua funcionalidade.
O trabalho foi produtivo como revelam as avaliações redigidas pelos participantes. Em anexo algumas dessas avaliações.

Relatório da Oficina - Introdutória

RELATÓRIO GESTAR 2009
OFICINA: INTRODUTÓRIA
TURMA: DIREC 02 – FEIRA DE SANTANA – BA
FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Pereira de Sales

“Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das maças e das maçãs...”
(Almir Sater)

Chegou o momento que tanto esperávamos: o início das atividades do GESTAR na Bahia. Temíamos que esse momento não chegassse frente a tantos entraves que impossibilitavam nossas ações. Felizmente, demos início ao trabalho ávidos e cheios de boas perspectivas para uma jornada, quiçá de sucesso e de edificação pessoal e profissional.
Mesmo após seis anos de trabalho no GESTAR, a sensação é sempre de apreensão e desafiadora no início de cada nova etapa, justamente por estarmos diante de nossos pares e de um universo tão complexo que é o ser humano. Daí o desafio e estímulo para abraçar essa causa, tirar proveito de tudo o que se pode aprender com o outro e seguir tocando em frente como diz o poeta. Eis aí o que tem de mais significativo nesse trabalho.
No Colégio Estadual de Feira de Santana – escola pólo – contamos com a participação de 26 cursistas na oficina Introdutória, realizada em 28 de julho de 2009, das 13h30min às 17h30min, os quais foram recepcionados com doces e com um poema de Fernando Pessoa. O poema oportunizava a reflexão sobre o tempo, às mudanças, a atitude de ousar sempre e se renovar, o que se coadunava perfeitamente com o momento presente onde cada professor se dispõe a investir em sua formação em busca por mudança em sua prática docente. Isso ficou evidente na fala de cada professor ao se apresentar e expor seus desejos, necessidades e expectativas.
Após o acolhimento e sensibilização realizados através da reflexão do poema e da terapia do abraço, onde todos foram convidados a acolher o colega, apresentamos o nosso roteiro de atividades para o dia, justificando a importância do mesmo para o devido acompanhamento das ações e enfatizando a necessidade de otimizarmos o tempo para atender o objetivo de cada atividade.
Para dinamizar as apresentações da turma, realizamos a “dinâmica da árvore” onde cada cursista é convidado a escrever seu nome na folha da árvore e se apresentar ao grupo. Cada cursista recebeu duas folhas: uma pequena para o crachá e uma grande para formar a copa da árvore na parede. Tal atividade tem como objetivo a apresentação pessoal e profissional. Nesse ensejo, o cursista é sensibilizado, pelo formador, a se perceber como parte de um corpo com suas funções e importância; parte de um corpo em contínuo desenvolvimento e crescimento.
Dadas as apresentações, entregamos o Termo de Compromisso para o professor assinar com as devidas orientações e esclarecimentos quanto aos direitos e deveres do cursista no programa. Além desse termo, os cursistas preencheram uma ficha cadastral e receberam o cronograma de atividades do curso. Neste momento, entregamos o kit completo de material do GESTAR com os cadernos de Teoria e Prática e os cadernos de AAA respectivos.
Dando prosseguimento às atividades, solicitamos a formação de cinco grupos através das cores do crachá. Tendo em mãos o Guia Geral do GESTAR, cada grupo fez a leitura, síntese e registro das principais informações de uma das Unidades do Guia no flip-chart. Em plenária, após cada apresentação, destacamos pontos importantes e tiramos algumas dúvidas, salientando a importância do estudo sistemático deste material que subsidia as ações do programa. Frisamos ser premente o conhecimento da estrutura pedagógica do GESTAR II, o currículo que norteia o curso na área de atuação, a leitura do PCN frente as propostas dos cadernos de teoria e prática.
Durante a discussão, chamamos a atenção de todos ao devido cumprimento da carga horária do curso, enfocando a necessidade da gestão de seu estudo individual, do cumprimento de suas atribuições enquanto cursista para uma efetiva formação continuada. Ao final, instigamos o grupo a manifestar idéias sobre os possíveis objetivos da presente oficina e se estes foram contemplados durante a realização do trabalho. O resultado foi satisfatório e coerente, já que nossa proposta foi apresentar o programa através do Guia Geral. Na oportunidade, entregamos uma ficha contendo: “Nesse primeiro encontro do Gestar percebi...” para que cada cursista avaliasse o desenvolvimento da oficina.
Analisando as avaliações, percebe-se a credibilidade e valorização que o cursista dá ao programa, o que é justificável pelo histórico que o curso construiu ao longo dos anos de atuação certificando professores, nesta cidade. Além do incentivo financeiro, o professor, em seu discurso, revela que muito tem a ganhar investindo na sua formação, do quanto é significativo estar envolvido em estudos coletivos, estar envolvido com outros professores que comungam desejos e necessidades na área que atuam de inovar suas ações e de transformar sua sala de aula em um laboratório de pesquisas e descobertas. Diante do exposto, nos deparamos com a responsabilidade de dar continuidade a um trabalho exitoso que serviu de referência e motivação para essas novas turmas, que aqui se apresentam, ávidas por melhores tempos na Educação.