terça-feira, 24 de novembro de 2009

Oficina de Avaliãção

RELATÓRIO GESTAR 2009
FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Sales

“A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem.” (Jussara Hoffmann)
A presente oficina possibilitou a discussão sobre as formas de avaliar, suas aplicações e resultados no processo de ensino e aprendizagem, além de oportunizar a análise do sistema de avaliação do SAEB – Prova Brasil e ENEM.
Com o poema “Receita de Olhar” de Roseana Murray provocamos o grupo a falar sobre o olhar. Exibimos várias imagens contento tipos de olhares com o seguinte questionamento: Qual desses olhares você se identifica? O que ele sugere? Que olhar você trouxe para esta oficina? Tais provocações sensibilizaram o grupo a abrir o seu olhar para a proposta do dia.
Na busca de revelar o olhar sobre a avaliação, solicitamos dos cursistas um desenho que melhor ilustrasse sua concepção de avaliação. A atividade foi significativa, pois através dos desenhos foi muito mais significativa a discussão. Os desenhos, os mais diversos possíveis, a exemplo de estradas, lupa, rede em espiral, porta, janelas, se coadunavam perfeitamente com a fala de cada professor. Diante do exposto, os pontos convergentes dessas falas perpassavam pela complexidade da ação de avaliar, dos desafios frente às novas propostas de ensino e currículo.
Após a socialização de cada cursista, levantamos questionamentos como: Como você se sente quando avaliado? Como você avalia? O que lhe marcou quando foi avaliado? Suas avaliações contribuem para o crescimento do aluno? Quais os tipos de avaliação que conhecem? Por que os momentos de avaliação podem deixar as pessoas desconfortáveis? Percebemos que as dificuldades apresentadas pelos cursistas estão atreladas a sua concepção de avaliação muitas das vezes destoada das intervenções pedagógicas, sem a devida reflexão contínua de sua própria prática e dos avanços do seu alunado. Resquícios de uma visão tradicional de avaliação puramente classificatória e punitiva. Em contrapartida, percebe-se que há um discurso concernente com o que os teóricos atuais discutem sobre a temática, mas que se inviabiliza na prática. Nessa fleuma instauram-se o ideal versus o real.
Os professores revelavam que o ato de avaliar é bastante complexo e difícil. Difícil também é reconhecer que a concepção de avaliação traduz a sua concepção de ensino e aprendizagem.
O ponto mais interessante da oficina foi o momento da análise de alguns itens da Prova Brasil. Em equipe, munidos da Matriz de Referência de Língua Portuguesa, tiveram a oportunidade de identificar os descritores contemplados em cada item analisado. Quando questionados quanto à forma que esses descritores são trabalhados em sala de aula, reconheceram que, em suas atividades, não davam foco a questão das habilidades.
Em suas avaliações, revelaram o quanto é importante ser coerente e responsável na preparação das avaliações, como também mais criteriosos na elaboração de suas atividades para que estas contemplem as habilidades que precisam ser desenvolvidas no alunado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário