domingo, 29 de novembro de 2009

OFICINA TP 05
ESTILO E COERÊNCIA


Para compreender melhor a noção de estilo e pensarmos em como se constrói a coerência nos texto, iniciamos a oficina com uma dinâmica interessante intitulada “Por que a galinha atravessou a estrada?”. Consistia em um texto que apresentava uma série de respostas possíveis a esta questão na voz de personalidades atuais da mídia. Os cursistas foram convidados a identificarem tais personalidades pelo estilo apresentado em cada resposta. Reconheceram as marcas de pessoas famosas a exemplo de Caetano Veloso, Fernando Henrique Cardoso, Nelson Rodrigues, Freud, entre outras. Tal exercício serviu como sensibilização para que percebessem que todos nós temos marcas próprias, preferências vocabulares, peculiaridades que nos definem e que permeiam nossa fala.
A nossa sala de oficina, contribuiu também para a construção de sentido de estilo e coerência com painéis contendo imagens que abordam diversidade de estilo, como moda, decoração, filmes, literatura e com imagens confeccionadas através de recortes de revistas retratando situações de incoerência. A divisão dos grupos para o trabalho também seguiu a mesma linha: os cursistas foram agrupados com fichas contendo fragmentos de músicas dos mais variados estilos (forró, axé, gospel, MPB, sertanejo).
Em nossas discussões registramos que todo ato de linguagem produz efeito de sentido ligado às intenções do falante e expressa suas marcas individuais, seu idioleto. Reconhecer os recursos expressivos da linguagem e os mais variados recursos estilísticos permitirá ao falante a manifestação de suas emoções e afetividade.
Para a leitura do texto de referência da TP fizemos uma mobilização com as seguintes questões: Que palavras são mais utilizadas em um texto? Há palavras que podem ser retiradas do texto, sem prejudicar seu sentido? Após a reflexão cada grupo estudou o texto e sintetizou a idéia central de um determinado trecho do mesmo e, em seguida, na socialização, todos os grupos estabeleceram a conexão entre as partes do texto-sintese observando a coerência. Nessa perspectiva, os cursistas realizaram mais uma tarefa que consistia em analisar uma atividade do TP observando aspectos ligados à coerência: conhecimentos prévios, pistas textuais, o gênero, etc.
Na sistematização discutimos que a coerência não está apenas no texto e que depende dos seus interlocutores, já que é o “leitor que faz o texto funcionar”. Vimos que a coerência se constrói no ato da leitura e essa percepção se dará de forma eficaz dependendo das experiências de mundo adquiridas pelo leitor no decorrer de sua formação, ou seja, é o domínio da habilidade de leitura que subsidiará o leitor na apreensão do sentido do texto.





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