terça-feira, 24 de novembro de 2009

Oficina Projeto

FORMADORA DE LÍNGUA PORTUGUESA: Consuelo Sales

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei... de que nada sei...” (Almir Sater)

Com o objetivo de discutir as etapas e a elaboração de um projeto realizamos a nossa segunda oficina com a participação de 21 cursistas que atuam na Rede Estadual de Ensino do município de Feira de Santana.
Os cursistas foram recepcionados com o poema “Renova-te” de Cecília Meireles. Neste acolhimento refletimos sobre a necessidade de inovar sempre, de estarmos sempre abertos para a renovação, mas sem perder a essência. Com a figura de um pé direito no centro da sala, convidamos o grupo para o pontapé inicial para o trabalho proposto para o dia: discutir projeto.
Pensando na concepção de projeto, realizamos a “Dinâmica da Viagem”, a qual os participantes deveriam escrever em um papel cinco sonhos pessoais. Para esta viagem, os sonhos seriam a principal bagagem, mas devido a entraves no percurso os participantes teriam que abandonar um sonho. Ao final da dinâmica todos chegaram ao seu destino com apenas um sonho. Refletimos, pois, que a realização dos sonhos depende da intensidade do nosso empenho, persistência, desejo e vontade de torná-los realidade; que somos levados a priorizar os sonhos de acordo com a necessidade do momento e discutimos também sobre a superação das dificuldades. Encerramos a dinâmica com o texto “Malas Prontas” de Anna Carolina e Sampaio Daltro que faz um passeio por esse “caminho”.
Provocamos o grupo indagando qual a relação dos sonhos com a proposta da Pedagogia de Projetos. Nesta mobilização, estudamos a apostila “Etapas de um Projeto” – Pedagogia de Projetos de Nilbo Nogueira (pág. 82 a 93) após a formação das equipes. A proposta de trabalho consistia em ler e refletir sobre o tema, registrar as idéias significativas em folhas de flip-chart e socializar as conclusões para os demais grupos. Durante a socialização, orientamos as equipes a expor o que eles pensavam sobre projeto, o que o texto diz e o que eles pensam após a leitura.
Discutimos projeto dentro da perceptiva que oportuniza o conhecimento da realidade do aluno, permitindo que ele, co-autor desse processo, perceba, interprete e dê significado a sua realidade. Permitindo ao alunado se envolver em um processo dinâmico e ativo na busca por soluções de uma problematização, aprendendo assim a intervir no mundo em que vive.
No ensejo, pedimos a todos que expusessem os problemas mais gritantes e recorrentes no âmbito da escola com o fim de preenchermos um quatro com os tópicos: problemáticas/temática/ações. Neste exercício, diferenciamos problemática de temática e simulamos ações conjuntas para sanar tal problemática envolvendo toda comunidade escolar. Enfatizamos que tal vivência deverá ser realizada junto ao alunado na idealização e execução do projeto interdisciplinar.
Após as devidas explicações sobre a caracterização do Projeto Interdisciplinar proposto pelo GESTAR, explicando cada etapa desde a idealização a até a culminância do projeto. Salientamos que o projeto deve ser interdisciplinar e que o alunado é ator/co-autor durante as etapas do trabalho. Sugerimos a leitura de outros teóricos que discutem a temática como Miguel Arroyo, Ingedore Villaça Koch, Celso Antunes, Nilson Machado, Emília Ferreiro, Ana Teberosky e Jonh Dewey.
Ao final, distribuímos fichas em forma de “pezinho” ( igual ao pé direito exposto no centro da sala) com o seguinte questionamento: O que a oficina propiciou para que você dê o primeiro passo na construção de um projeto? (avaliações em anexo).
Após a apreciação da música “Tente outra vez” de Raul Seixas, encerramos a oficina com a certeza de que atingimos o objetivo proposto. Assim revelam as avaliações apresentadas.

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